No âmbito de um intercâmbio cultural com o Grupo Folclórico da Casa do Povo de São Caetano, o Rancho Folclórico de “Os Camponeses da Beira-Ria”, da Murtosa, Aveiro visitou a ilha do Pico e do Faial. Tendo como principal propósito estabelecer entre ambos uma permuta cultural, o grupo visitante permaneceu na ilha por um período de oito dias, mais precisamente de 24 a 30 de agosto.
Assim, durante uma semana, a freguesia de S. Caetano foi alvo de uma evasão cultural em que o grupo Aveirense desfrutou de toda a simplicidade do povo de uma pequena parcela da zona sul da ilha do Pico em que o convívio, as tradições e a cultura locais constituíram o mote para o conhecimento do nosso património local.
Como grupo anfitrião envidámos todos os esforços para que o grupo visitante pudesse usufruir, cabalmente, de todos os potenciais da nossa terra, pelo que o primeiro dia reservou-se pela sua estada nas mediações da freguesia, sendo que o desfrute do mar foi eleito expoente máximo. No domingo, a total participação de ambos os grupos na Eucaristia dominical constituiu um elevado momento de reflexão e oblação, sendo, claramente, visível o bom grado e êxtase desta pequena comunidade religiosa.
O Rancho Folclórico “Os Camponeses da Beira-Ria”, atuou pela primeira vez na ilha do Pico, na freguesia de S. Caetano, mais precisamente no recinto da Casa do Povo, tendo uma assistência considerável de um público local e das freguesias vizinhas. Atuou, também, no palco das Lajes do Pico por ocasião da abertura das festas da Senhora de Lurdes acompanhado pelo seu grupo anfitrião. A vila da Madalena foi também palco da sua última atuação no âmbito da animação cultural de rua, onde, como nas anteriores, se pode verificar um verdadeiro espectáculo aliado a diferentes sonoridades musicais e contagiantes ritmos de dançares.
Neste encontro também se agendou e realizou uma visita à ilha do Faial onde foram visitados vários pontos turísticos da ilha.
No Pico, visitou-se alguns pontos turísticos dando-se especial destaque à epopeia do vinho e da baleação, culminando estas com a visita aos excelentes Museus do Vinho e dos Baleeiros.
As adegas, tal como outrora, foram o espaço reservado à “sala de visitas”, em que os serões foram animados com muito boa disposição, grande animação e regados de típicas bebidas à boa maneira deste lugar.
A tarde que havia sido reservada ao mar, com os botes baleeiros na baía da Prainha, não teve efeito em virtude das más condições atmosféricas, pelo que foram disponibilizados outros meios que proporcionaram uma agradável e proveitosa ocupação do tempo, conforme os diferentes interesses do grupo.
O último serão foi numa adega, destinado a um jantar convívio entre ambos os grupos e algumas entidades convidadas onde a gastronomia local foi eleita rainha e saboreada de bom grado por todos os presentes.
Na sequência do aniversário de um elemento do grupo anfitrião, prepararam-se adereços e improvisou-se um pequeno sketch. Procedeu-se também a uma troca de cantares e palavras que tocaram os corações de todos os presentes. Por fim, e pela noite dentro, o serão foi animado com uma partilha de modas e dançares de ambas as regiões aliadas ao som das concertinas e trinados de cordas.
Uma referencia a todas as entidades que colaboraram e apoiaram de uma forma ou de outra para que este intercâmbio fosse possível.
Uma palavra de apreço a todos os elementos do Grupo Folclórico da Casa do Povo de São Caetano que trabalharam para que esta semana fosse um sucesso.