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Os Bailhos

O reportório apresentado por este grupo folclórico é o reflexo de todo o viver das gentes de uma freguesia simples e modesta. Os seus bailhos e melodias têm um ritmo próprio, vivo e contagiante, que se coaduna com a agitação espontânea das suas gentes. (Todos os vídeos abaixo apresentados são da autoria de Rui Silva)

O PEZINHO
O pezinho, é um dos bailhos mais característicos e representativo do nosso folclore e espelho dessa autenticidade.
É um bailho completamente distinto dentro das diversas variantes de “Pezinhos” conhecidos em outras ilhas. Consoante as diversas localidades da ilha, difere também na letra.


A JOANITA
A Joanita é uma moda que não sendo considerada um bailo de roda, conforme as restantes que iremos apresentar, tem uma coreografia muito viva e interessante. A letra, feita ao jeito do nosso povo, conta-nos uma história de amor vivida entre dois primos: Joanita e António.

CÁ SEI
O baile também é conhecido noutras localidades da ilha por Abana, Bailho da Casaca ou simplesmente Casaca. Não é um exclusivo da Ilha do Pico, estando também ele presente no reportório de Grupos Folclóricos de outras Ilhas. Consoante o local, diverge ainda, ao nível do ritmo e da letra.

MARIA TOMÁSIA
Maria Tomásia ou Volta no Meio é um exclusivo da Ilha do Pico. Maria Tomásia é a típica mulher do Pico que trabalhava em casa e na Terra. Uma mulher que, para além de cuidar da casa e dos filhos, era capaz de acompanhar o homem nas lides árduas do campo, mas que não se deixava vencer pelo cansaço nem pelo sofrimento. 

TIRANA
A Tirana é um dos bailhos mais harmoniosos do folclore da Ilha do Pico. Tem uma letra bonita que evoca a figura feminina e a sua imagem, pois sempre foi uma constante do homem do Pico, um homem que para além dos seus ofícios tinha sempre um espaço dedicado ao amor e à família.

CHIU-CHIU
A moda já é pouco conhecida na Ilha do Pico. É um bailho muito antigo e localizado em comunidades mais isoladas. A sua coreografia e integridade da letra contêm um sabor arcaico e trovadoresco parecendo fazer apelo à solidão. Justifica-se assim a expressão chiu chiu.

A PRAIA
A Praia é um bailho muito antigo, remonta ao Século XVIII.
Este baile é comum às ilhas do Pico e do Faial. Crê-se ser originário destas ilhas e criado por influência dos antigos marinheiros e corsários que demandavam estas paragens.
A Praia reflecte nitidamente a envolvência do homem das ilhas com o mar.


SAPATEIA
A Sapateia, é também conhecida por Sapateia de Cadeia. Este é considerado como a fina-flor dos bailos de roda do folclore da ilha do Pico. É um bailo típico das casas de folga e disputado pelos melhores e mais esmerados bailadores pelo seu grau de dificuldade. É o mais vivo, o mais variado e o mais ritmado de todos os nossos bailhos. Tem a particularidade de ser a letra a mandar o bailho nas suas mudanças coreográficas.

MANÉ CHINÉ
Esta moda é, certamente, o bailho mais alegre e ritmado do repertório. Apesar de todas as dificuldades que os nossos homens e mulheres passavam, o Mané Chiné é o reflexo da boa disposição, vontade de viver que nutriam.

ROLA
À semelhança do Pezinho e da Chamarrita, o Rola era um dos Bailhos característicos das folgas. As folgas eram os momentos em que o nosso povo se reunia numa casa, pelo serão e bailhava algumas modas, esquecendo as dificuldades das vidas de então.

LADRÃO
O ladrão é um bailho que demonstra evocar os amores proibidos de então. É vivo, cadenciado e é o reflexo de grande diversidade de ocasiões para os encontros fortuitos.

CHAMARRITA
A chamarrita é o o bailo mais emblemático do nosso folclore. 
Era bailado tanto nas casas de folgas, terreiro ou em qualquer outro espaço destinado a ajuntamento popular, como sejam, vindimas, desfolhadas, matanças de porco ou romarias.
É um bailho mandado que requer mandador experiente e animado.
Ainda hoje, e à semelhança dos nossos antepassados, é interpretada espontaneamente e já com variantes em todas as Ilhas dos Açores.

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